sexta-feira, 17 de abril de 2009

Estreia: Peixonauta

A molecada brasileirinha, acostumadas com as ótimas, porém sempre estrangeiras, séries animadas, agora uma animação 100% nacional, que fala a usa língua. Criada pelos sócios Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, da TV Pinguim, uma das mais importantes produtoras de animação do país, Peixonauta é a primeira animação brasileira encomendada pelo canal Discovery Kids.
Com 52 episódios com 11 minutos de duração cada e voltada para crianças de 4 a 7 anos, a série explora o tema da sustentabilidade ambiental de maneira acessível, divertida e interativa, que permite a criança refletir sobre a importância do ambiente para o futuro do planeta. "Peixonauta é a primeira iniciativa de co-produção do Discovery Kids no Brasil e se encaixa perfeitamente na programação da rede, cujo objetivo é educar e divertir a criança em idade pré-escolar, e, não poderia haver tema melhor para explorar do que o meio ambiente, hoje uma preocupação mundial", diz Ângela Recio Sondon, vice-presidente de programação da DNLA/USH.

O peixe que dá nome ao título do desenho trabalha como agente da O.S.T.R.A. (Organização Secreta para Total Recuperação Ambiental) e tem como missão buscar soluções para proteger o meio ambiente. Em sua missão, ele conta com a ajuda do escafandro cheio d’água Bublex, que consegue manter o amigo entre o “mundo molhado” e o “mundo seco”, da menina Marina e do macaco Zico.

Peixonauta e seus amigos recebem dicas de como solucionar cada problema por meio da POP, uma bola mágica que traz dentro de si pistas para que os personagens resolvam o mistério. A bola só se abre quando todos, os personagens e os telespectadores, repetem uma sequência de movimentos de percussão corporal que muda a cada episódio.

Temas complexos como diversidade da fauna, reciclagem, compostagem, contaminação da água e metamorfose são levados às crianças pré-escolares por meio de uma linguagem dinâmica e lúdica, sem deixar a fantasia de lado. “A faixa etária entre 4 e 7 anos corresponde a um momento de transição no desenvolvimento infantil – o pensamento fantasioso vai cedendo lugar ao raciocínio lógico. Os personagens da série dialogam com estes dois modos de pensar: Marina representa o pensamento lógico, capaz de separar as qualidades das coisas e de perceber o real de modo mais objetivo, enquanto o Peixonauta representa o pensamento mágico da criança em fase pré-escolar”, esclarece Izabel Galvão, consultora pedagógica da série.

Essa turminha, que já tem fama na rede antes mesmo de ter estreado, vai ganhar a tela de outros países em breve. Apresentado na última Mipcom, em Cannes, o Peixonauta já tem passaporte em dia para dar as caras nas TVs da Turquia, de países da antiga Iugoslávia e do Oriente Médio, incluindo aí o canal Al Jazeera Kids. "Peixonauta é um personagem único que representa um ponto de vista novo sobre o nosso mundo, mas que pode ser compreendido e identificado pelas crianças. A atitude curiosa, questionadora e positiva de Peixonauta convida a criança a desvendar segredos da natureza e a encontrar formas sustentáveis de convivência. É também uma série universal, pois traz personagens de diversas partes do mundo que convivem em um mesmo habitat", explica Kiko Mistrorigo. Confira alguns trechos da entrevista com os criadores da série que foi publicada no site da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, realizada por Françoise Terzian.

Como surgiu a idéia de produzir o Peixonauta e como a animação saiu do papel?
Celia Catunda
– Ela surgiu em 2003, depois de uma discussão que tivemos sobre os problemas ambientais. A partir disso, desenhamos um conjunto de possíveis personagens que poderiam se envolver em aventuras relacionadas ao tema. Inicialmente, pensávamos em produzir uma animação de média-metragem (produção cinematográfica que dura de 20 minutos a 70 minutos). Mas, depois de vários levantamentos sobre os potenciais e as necessidades do mercado de produtos infantis para TV, optamos por fazer uma série. Em 2006, com a entrada da Discovery Networks no projeto, criamos as bases para dar início à produção. Assim, Peixonauta se tornou uma série com 52 episódios de 11 minutos. Posteriormente, se transformará em um longa-metragem de 110 minutos.


A série Peixonauta exigiu um investimento de cerca US$ 5 milhões para sua produção. Qual foi a origem deste recurso?
Kiko Mistrorigo – Ele é resultado da soma de investimentos brasileiros e canadenses. Mas há dois anos temos investido recursos próprios para desenvolver a série. Portanto, esse valor é resultado de investimento próprio, das leis de incentivo e do Programa de apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual (Procult), uma linha de crédito especial do BNDES.


Na sua opinião, de que forma o segmento de animação brasileiro tem evoluído nos últimos anos?
Kiko Mistrorigo – O mercado de animação tem evoluído de forma rápida no país. A área audiovisual tem passado por grandes mudanças, enquanto a produção independente de TV ganha força. O Brasil agora compartilha suas idéias com outros países e não apenas mão-de-obra, como ocorria antes. Há alguns anos, não participávamos do mercado internacional, mas a animação é algo universal e deve ter esse propósito. As relações internacionais tiveram início há cerca de três anos e hoje conquistamos resultados extremamente positivos.


Exibição: dia 20, segunda a sexta, 11h30 e 19h30, Discovery Kids

Indicação: a partir de 3 anos

(shirley paradizo)

4 comentários:

celia catunda disse...

Shirley, não sei de quando é esta entrevista, mas ela contém uma informação muito desatualizada: Peixonauta não tem participação alguma da Canadense Vivavision. É uma co-produção da TV PinGuim e Discovery Kids, 100% brasileira. Seria importante atualizar estas informações.

shirley paradizo disse...

oi, celia, tudo bem?

primeiro é um prazer receber você no Mundo Animado... Arrumei o texto conforme suas informações. Em relação à entrevista, foi retirada, como cito no texto, o site da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. Obrigada pelas informações e pela visita!

abs
shirley

Cesar Augusto disse...

bom demais!!!!!!

Anônimo disse...

Olá Shirley,obrigada pela alteração!

Abs,

Celia Catunda